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Após um ano… 365 doses de amor.


Um bebé novo na idade, mas muito maduro na vida… foi assim que tudo começou…


Ela acreditou que conseguia, foi lá e fez!


Pois é, já faz um aninho de vida que partilho crónicas mensais com todos vocês. Todo este trabalho que tanto amo fazer de coração, é neste momento um bebé com doze meses de vida, com imensa vontade de andar para a frente, passo a passo. Só vos tenho a agradecer pois é graças a todos vós que esta criança já anda sem receios, a cada gesto, a cada palavra... OBRIGADA!


Este bebé, como todos os outros, para crescer, precisa de educação, atenção, afeto, partilha e, acima de tudo, AMOR. Ele quer ser o autor da sua própria história. Além disso, ele já sabe que os apaixonados pela vida não têm idade.


Ele sabe também que, cada vez mais, se vive num mundo em que as pessoas vivem assombradas com problemas e se esquecem de sentir. Esquecem-se de viver e Ser.


Numa sociedade obesa de palavras e anorética de sentimentos, educar não é fácil. Não vem com manual. No entanto, ele sempre ouviu dizer que o melhor caminho a percorrer é dando o exemplo.


Desde cedo, este bebé tem-se moldado a modelos a ele transmitidos. Saber conjugar o verbo Educar é uma arte para a vida. É assumir limitações, é saber falhar, é não ter medo de dizer o que se sente.


Ele dá por ele a pensar: O que é a realidade? Vives a tua? Eu vivo a minha? Ou será que andamos todos a colocar a responsabilidade uns nos outros por situações que acontecem nas nossas vidas?


De uma forma gentil, ele já consegue abanar o mundo. Ele já observa as crianças que vão para a escola e pergunta-se: Ir ou não? Eis a questão...


Ele sabe bem que só a brincar aprendemos a crescer. E que o pré-escolar serve precisamente para isso. Para brincar. Mas atenção! Até para aprendermos a brincar, precisamos de saber quais as regras, e aí torna-se necessário incutir limites. Desde pequenina que a criança aprende que, tem todo o direito de brincar, e quando estiver preparada para dar o salto, ela vai dar. No entanto, ela já tem de fazer a sua parte. É aqui que se torna importante falar da rotina.


Para tudo tem de haver método e disciplina. Não é necessário haver rigidez, mas sim sabedoria na forma como se dá o exemplo.


Falando diretamente para os pais, que a vossa cabeça e o vosso coração falem mais alto no momento da decisão e jamais se arrependam disso, afinal tomaram-na a pensar no bem-estar da vossa criança. Ela pode passar por inúmeras dificuldades, mas vai conseguir ultrapassar todas elas, e conta com a vossa ajuda e o vosso reconhecimento em cada salto que der. Se for mais prudente ficar mais um ano no pré-escolar, também não há mal nenhum nisso. Vai brincar muito, sujar-se, chorar, rir, viver!!! E ir para a escola quando for o momento mais acertado.


No entanto, este bebé sabe também que cada vez mais a problemática da violência em contexto escolar é capa de revista. E que isso assusta as crianças, os pais e todos os envolvidos. Claro que seremos sempre testados durante a vida, faz parte. O importante é sentirmos realmente que queremos deixar de ser vítimas do medo.


“Devemos todos ajudar a construir um mundo onde as crianças vejam que os adultos não faltam à sua palavra.”


Dia após dia, este bebé deixa ir o velho para abraçar e acolher o novo. Tem aprendido que nem todas as pessoas com quem se cruza vão gostar dele. Aceita que um erro não o define, muito menos uma pessoa que sabe apenas o seu nome, não a sua história.


Ele sente que há dias em que a vida vai mesmo ensinar que, por vezes, temos de parar e olhar para trás, pousar, respirar, voltar a acreditar, e nunca desistir daquilo que nos faz sorrir. Daquilo que nos faz felizes.

Confia em ti, na vida, confia mesmo...

Porque acredita, que nos dias em que a vida te disser que precisas de parar, ela vai-te dizer sem ses nem mas, que tens tudo em ti para avançar.


Ele vai perceber que a ansiedade não o define. O que o define é aquilo que ele é. Em todos os momentos. Tudo o que a vida nos pede muitas vezes é: FOCO. Foquem-se no que desejam. Assumam-se e arrisquem-se.


Este bebé brinca ao Faz de Conta todos os dias. Tudo se transforma neste Faz de Conta, tudo é possível e a imaginação cria asas... o impossível torna-se possível e a criança vai aprendendo a delinear os seus limites conforme as provas superadas. A casa de banho lá vira um cabeleireiro, o guarda-vestidos lá vira uma cabine telefónica e quem sabe o sofá pode ser um escritório, ou o quarto, um restaurante...


“Se alimentarmos as nossas crianças com amor, os medos delas morrerão com fome.”


Sem amor, nada se consegue.

Não amem pela metade. Não economizem no sentimento.

Sejam intensos e vivam do lado de dentro, todos os dias.

Aprendam a amar as vossas (im)perfeições e cicatrizes e projetem isso nas vossas crianças.


Sem liberdade, não há felicidade.

Todo o ser humano tem o direito de ser livre para ser quem ele é. Autêntico.


Vistam-se de vocês mesmos e demonstrem às crianças da vossa vida que tudo são momentos.

E o que cura não é o tempo.

O que cura é o AMOR!


Com passinhos de bebé e muita ternura,

Sandra Anjos.

 
 
 

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