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Autoestima... que bicho estranho é esse?



Com o ano novo a começar, dás por ti a construir objetivos e a definir metas. É saudável refletir e fazer balanços.


Torna-se preocupante quando te deixas levar pelo ritmo assoberbado da sociedade em que vives e não te focas em ti.


Há que destacar aqui alguns pontos e esclarecer a tua mente e o teu coração:

1- Não tens de provar nada a ninguém a não ser a ti mesmo.

2- Não deves depender da aprovação dos outros e agir para agradar.

3- Não te dês a desculpa de que não tens tempo para ti. Há sempre tempo.


Este assunto torna-se crucial quando começa a afetar até os mais pequeninos. Pois é… já eles fazem birras sem saber bem o porquê, será para ter a atenção dos que mais gostam a todo o custo?


Será que a falta de autoestima leva a que uma criança, muitas vezes, não acabe as suas tarefas quando brinca, para se sentir gratificada como qualquer ser humano, e em vez disso, se sinta quase como que na obrigação de provar a quem gosta do que é capaz?


Este conflito interno é uma das grandes realidades hoje em dia… e afeta o desenvolvimento global da criança.


Deixar tarefas a meio, sentimentos e sensações por sentir, criam um estranho sabor agridoce que, muitas vezes, se transformam em situações como:

- Querer dormir na cama dos pais;

- Interromper quando os pais ou familiares estão a falar;

- Chorar quando perdem um jogo ou quando sentem que deixam de ser o centro das atenções;

- Ter ciúmes do irmão ou da irmã.


Estes são apenas alguns dos exemplos de como a criança expressa o que reprimiu através das emoções, não sabendo como lidar com a frustração (intolerância à frustração).


Para modificar esta realidade, tem de haver mudança de padrão. Tem de haver uma consciência de que é preciso TEMPO para ensinar, educar, crescer, amar. Tudo tem um tempo para acontecer e para se sentir.


O facto de os assuntos serem falados e desconstruídos pode ser o motor e a ponte para a mudança.


Crianças felizes precisam de...

  • Chorar;

  • Rir;

  • Cair;

  • Levantar;

  • Elas precisam essencialmente de BRINCAR;

  • Aprender que há rotina e disciplina, criando hábitos sem tarefas deixadas a meio;

  • Atenção;

  • AMOR.

Só assim se transformam em crianças autónomas e têm a coragem de sair da caixa.


Qualquer ser humano que se sente amado, tem maior capacidade para definir e estruturar a sua autoestima, seja em que idade ou contexto for. Todos estamos a tempo de pôr mãos à obra. Ser feliz dá trabalho e exige sacrifício e a infância tem um impacto brutal na vida de cada um de nós.


É como construir uma casa… já viste alguém começar pelo telhado? E no que deu? Temos de ter tempo para sentir e expressar as emoções. Viver como se andasses numa roda-viva não é solução. Tu sabes qual é a solução, não sabes? Então que esperas…


Com amor e um abraço quentinho,

Sandra Anjos.

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