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Educar: Prazer ou Obrigação? Amor ou Responsabilidade?



Talvez o verbo mais difícil de conjugar mas também o que mais traz recompensa e mérito.


No fundo, todos nos educamos uns aos outros.


Numa sociedade obesa de palavras e anorética de sentimentos, educar não é fácil. Não vem com manual. No entanto, sempre ouvi dizer que o melhor caminho a percorrer é dando o exemplo.


Falando da criança e dos pais, o verbo Educar aprende-se a conjugar ao longo de uma vida.


Desde cedo, o bebé molda-se aos modelos transmitidos pelos pais, modelos esses, por vezes, carregados de mágoas, revoltas, ressentimentos e caprichos.


Educar é saber distinguir tudo isso, assumindo as suas próprias limitações, e transmitir a confiança e segurança necessárias ao crescimento da criança, fixando limites saudáveis envolvidos em amor.


Todos temos o direito de nos sentirmos livres no verdadeiro sentido da palavra LIBERDADE. Se errarmos, paciência! Caímos e levantamo-nos de novo. É a forma como nos levantamos que determina a conquista e a aprendizagem.


Quando me perguntaram na faculdade... "O que é para ti a felicidade?", eu respondi: "Ser livre". Lembro-me de ficarem a olhar para mim de um modo algo estranho como quem diz, "então mas não gostas de partilhar o que sentes?" AMO! Mas, primeiro que tudo isso, preciso sentir-me livre. Para ser eu mesma.


Liberdade traz responsabilidade. Pelos atos. Pelas atitudes e escolhas em cada momento que só a nós cabem tomar. Os pais devem assegurar que os filhos se sintam livres para optar pelo que sentem ser o mais correto, dando o seu conselho e respeitando a escolha da criança, com amor.


Atenuar a queda se necessário, mas deixar voar. Não prender as asas.


A criança segura e livre cresce a cada dia como se não tivesse necessidade de voltar atrás no tempo. Aproveita cada instante. Respira Amor. Expira gratidão! Se tiver vontade de voltar no tempo, faz o impossível tornar-se possível. Não se paralisa. Ela já é corajosa o suficiente para sair desse ciclo vicioso. O seu coração sabe como. O seu ser interior. As suas células também.

Muitas vezes os pais pensam que só eles dão exemplos. Esquecem-se que também podem aprender com os filhos nos atos mais banais e ingénuos do dia a dia.


Que todos os dias os pais façam de si próprios pessoas serenas, dentro da sua própria turbulência, que se permitam ensinar o que sabem e aprender o muito que ainda não sabem.


Sandra Anjos.

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