top of page

Uma criança amada... um adulto que sabe amar.



As nossas primeiras experiências enquanto seres humanos têm um grande impacto no desenvolvimento da nossa inteligência emocional.


Assim sendo, a infância permite desde cedo à criança, adquirir uma conexão entre a mente e o corpo, o que vai determinar em grande, a sua capacidade de sentir e amar. Esta rede depende dos seus primeiros passos nos intercâmbios que a ensinam como encarar e interpretar o mundo social e emocional onde se encontra.


“Se alimentarmos as nossas crianças com amor, os medos delas morrerão com fome.”


O carinho e o afeto são a epiderme do ser humano. Elevam a autoestima e revestem a personalidade ajudando na construção de padrões emocionais. Ou seja, o nosso amor ajuda a criança a lidar com os medos que surgem naturalmente nas diferentes idades, espaços e contextos, fazendo por incutir um grau de sensibilidade saudável.


As crianças possuem qualidades inatas como o otimismo, a persistência e o entusiasmo, que faz com que persistam e insistam diante das mais variáveis situações. Caem e levantam-se. Não se aguentam firmes em pé, agarram-se aos móveis. No entanto, sabemos também que a intolerância à frustração corre lado a lado com a criança e a desafia diariamente.


O mundo de hoje formata as crianças, fazendo com que dependam das influências que recebem das pessoas que interagem com elas. Por exemplo, se uma criança ouve críticas severas quando erra, até mesmo durante uma brincadeira, quando for adulto terá, possivelmente, o conceito de que o erro é algo inadmissível, o que a poderá limitar a vários níveis de evolução e aprendizagem.


Será assim um adulto com falta de iniciativa, pois terá medo de errar e se sentir frustrado e punido. Por outro lado, convivendo com adultos que apoiam e incentivam a criança a superar as limitações e a lidar com a frustração, levam ela a compreender que o erro faz parte do desenvolvimento, através do amor, através do exemplo. Não há melhor forma de ensinar senão demonstrando como se faz. No entanto, nem sempre os exemplos devem ser considerados positivos, quando através dos modelos parentais, estes acabam por projetar as suas ansiedades, os seus receios, deixando a criança num estado de desequilíbrio permanente. Mesmo que a intenção seja boa, muitas vezes os pais despoletam emoções negativas na criança, que não são mais do que uma extensão de si mesmos. Devem, por isso, tentar também analisar-se e agir em prol de um estado emocional saudável. Todos falhamos. Mas não nos esqueçamos das repercussões de que o estado de espírito e a atitude dos pais podem ter na criança. Amem e ajam em conformidade com isso.


Entendam assim o quão é importante amar uma criança e educá-la. O seu temperamento reflete um esquema da sua expressão emocional que se traduz no seu comportamento. Cabe-nos a nós, adultos, participar na moldagem cerebral desde a infância, que terá um impacto tremendo na saúde emocional. A ideia, é que através do amor e da educação emocional, o adulto seja capaz de estimular conexões neuronais saudáveis.


Dando um exemplo, no caso de uma criança ser tímida, os adultos por vezes têm tendência a protegê-la de forma exagerada, acabando por provocar ansiedade na mesma. A educação emocional é bastante importante, mas não deve condicionar ou limitar o potencial da criança, então esta deve aprender a dar nome às suas emoções enfrentando as dificuldades.


O stress é um grande inimigo da infância. É algo com que têm de conviver, por isso proteger em excesso será um erro. Não podemos tentar criar uma criança num mundo da Disney inundado de inocência e ingenuidade, mas sim ajudar na aprendizagem para que possam desenvolver novos caminhos neurais e adaptar-se ao mundo em que vivem. Se eliminarmos obstáculos e lhes ampararmos todas as quedas, impediremos oportunidades importantes para o alcance de novas capacidades.


Sem amor, nada se consegue.


Não amem pela metade. Não economizem no sentimento.

Sejam intensos e vivam do lado de dentro, todos os dias.

Aprendam a amar as vossas (im)perfeições e cicatrizes e projetem isso nas vossas crianças.

Sem liberdade, não há felicidade.


Todo o ser humano tem o direito de ser livre para ser quem ele é. Autêntico.

Vistam-se de vocês mesmos e demonstrem às crianças da vossa vida que tudo são momentos.


E o que cura não é o tempo.

O que cura é o AMOR!


Com amor aos molhos,

Sandra Anjos.

86 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page